O Pensador

Seja bem vindo a essa viagem fascinante ao pensamento.

sábado, 29 de outubro de 2011

Paralização

Santana do Ipanema terá na próxima semana. atendimento na saúde precarizado por conta de paralisação dos funcionários públicos. Esta foi a única maneira encontrada pela categoria para ter seus reclames ouvidos pela senhora Prefeita, diz o Sindprev.

Saúde Cruza Os Braços

Na última quarta 26 de outubro de 2011, funcionários da Saúde e Assistência Social do Município de Santana do Ipanema, cruzaram os braços em resposta ao descaso mostrado pela gestora do município Dr. Renilde Silva Bulhões Barros que a mais de dois anos não concede reajuste salarial a categoria conforme determina a Lei 797/2009, estando assim estes servidores com seus salários defasados desde o ano de 2009. A categoria ainda em Assembléia decidiu continuar de braços cruzados a partir da próxima segunda dia 31 de outubro 2011 ao dia 04 de novembro do mesmo com indicativo de greve por tempo indeterminado, caso contrário a senhora prefeita do município não entrar em acordo com esta categoria tão exigida, tão penalizada.

Dieta e Fígado

O que a nutrição tem a ver com o fígado?


Nutrição e fígado estão inter-relacionados de diversas formas. Algumas funções são bem conhecidas, mas outras não. Na medida em que tudo que comemos, respiramos e absorvemos pela pele deve ser “refinado e desintoxicado” pelo fígado, especial atenção à nutrição e à dieta podem ajudar a manter o fígado sadio. Em algumas doenças hepáticas em especial, a nutrição torna-se um fator consideravelmente mais importante.




Por que o fígado é importante?


O fígado é o maior órgão do corpo e tem um papel vital, realizando diversas funções complexas que são essenciais à vida. Seu fígado funciona como uma fonte interna de energia química para seu corpo. Mesmo ainda havendo diversas coisas que não entendemos sobre o fígado, temos certeza de que é impossível viver sem ele e que a saúde do fígado é um fator da maior importância na qualidade de vida das pessoas.



Algumas funções importantes do fígado são:


• Converter a comida que ingerimos em energia armazenada e substâncias químicas necessárias à vida e ao crescimento.
• Agir como um filtro para remover álcool e substâncias tóxicas do sangue, convertendo-as em substâncias que possam ser excretadas do corpo.
• Processar drogas e medicamentos absorvidos pelo sistema digestivo, permitindo que o organismo as utilize de forma efetiva e, finalmente, livre-se delas.
• Fabricar e distribuir substâncias químicas importantes para o organismo. Uma delas é a bile, uma substância de cor amarelo-ouro esverdeada, essencial para a digestão de gordura no intestino delgado.



Por que o fígado é tão importante na nutrição?


85 a 90% do sangue que deixa o estômago e o intestino carrega para o fígado importantes nutrientes, que são lá convertidos em substâncias úteis para o corpo.

O fígado realiza muitas atividades metabólicas únicas e de extrema importância, processando carboidratos, proteínas, gorduras e minerais, para serem utilizados na manutenção das funções normais do corpo.



Carboidratos, ou açúcares, são estocados no fígado na forma de glicogênio e são liberados na forma de energia entre as refeições ou ainda quando a demanda de energia pelo corpo é alta. Assim, o fígado ajuda a regular o nível de açúcar do sangue e a prevenir a chamada hipoglicemia (pouco açúcar no sangue). Isso nos permite manter um nível constante de energia ao longo do dia. Sem isso, nós precisaríamos comer constantemente para manter nossa energia.



Proteínas chegam ao fígado na sua forma mais simples, chamada aminoácidos. Lá, ou são liberadas nos músculos como energia, armazenadas para uso posterior, ou convertidas em uréia para ser excretada pela urina. Algumas proteínas são convertidas em amônia, um produto metabólico tóxico, por bactérias no intestino ou durante a quebra das proteínas do corpo. A amônia deve ser quebrada pelo fígado e transformada em uréia, que será então excretada pelos rins. O fígado também tem a habilidade única de converter certos aminoácidos em açúcar, se for necessária energia rapidamente.



Gorduras não podem ser digeridas sem bile, que é feita no fígado, armazenada na vesícula e liberada conforme é necessária no intestino delgado. A bile (especificamente os ácidos biliares) age como se fosse um detergente, separando a gordura em pequenos pedaços para que estes possam receber a ação das enzimas digestivas do intestino e serem absorvidos. A bile é também essencial para a absorção das vitaminas A, D, E e K, que são as vitaminas solúveis em gordura. Após a digestão, os ácidos biliares são reabsorvidos pelo intestino, retornando ao fígado e sendo reciclados como bile novamente.



Pode a má-nutrição causar doença no fígado?


Há vários tipos de doenças do fígado, e a causa de muitas delas é desconhecida. Desnutrição não é em geral uma causa, exceto no caso de alcoolismo em populações famintas, por exemplo de áreas desprovidas de alimentos. É sempre muito mais provável entender a má nutrição como conseqüência e não como causa de uma doença do fígado.
Por outro lado, uma nutrição balanceada com aporte adequado de calorias, proteínas, gorduras e carboidratos pode, de fato, auxiliar na regeneração das células hepáticas. Em algumas doenças a nutrição torna-se parte essencial do tratamento. Pacientes em geral são insistentemente recomendados a não consumir “super-vitaminas” ou produtos nutricionais comprados por catálogo ou em lojas especializadas sem antes consultar um médico.



Como o fígado afeta a nutrição?


Muitas doenças hepáticas crônicas estão associadas a má nutrição. Cirrose refere-se a substituição do tecido hepático lesado por tecido cicatricial, o que ocasiona a perda pelo fígado de parte de sua capacidade funcional. A cirrose pode ocorrer por diversas causas ou como resultado final de várias doenças hepáticas, que serão discutidas em detalhes em outros tópicos.
Pessoas com cirrose podem, freqüentemente, apresentar perda do apetite, náusea, vômitos e perda de peso. Dieta tão somente não é capaz de promover o desenvolvimento de uma doença hepática. Pessoas bem nutridas, por exemplo, mas que ingerem grande quantidade de álcool, também são suscetíveis a doença hepática alcoólica.
Adultos com cirrose requerem uma dieta balanceada inicialmente rica em proteínas, com oferta de 2.000 a 3.000 calorias ao dia para permitir a regeneração das células hepáticas. Entretanto, proteína em excesso pode resultar no aumento da concentração de amônia no sangue; pouca proteína pode reduzir a capacidade de cicatrização do fígado. A quantidade-limite para cada pessoa com cirrose é determinada de forma personalizada. Além disso, certos medicamentos (lactulose, lactitol, neomicina, metronidazol, etc.) podem ser utilizados para controlar as conseqüências de tais níveis elevados de amônia.




Em diversas doenças do fígado, pode ser necessário controlar a ingestão de gorduras saturadas (presentes principalmente na gordura de origem animal) para evitar o depósito gorduroso nesse órgão. De qualquer forma, as diversas doenças devem ser tratadas individualmente.



Alimentos em geral desaconselhados


- Leite integral, tipo A ou B, queijos amarelos, requeijão
- Chocolate, doces que contenham banha, biscoitos amanteigados, tortas, pastelaria, doces folhados
- Banha de porco, gordura animal
- Carnes gordas, lingüiça, paio, salsicha, pele de aves, galinha cozida, carne de porco, pato, ganso, costeleta, mocotó, caldo de carne
- Lanches
- Atum, salmão, sardinha enlatados
- Mortadela, presunto, salame, copa, lombinho
- Sopas prontas
- Frituras, gratinados, preparações sauté
- Manteiga, maionese
- Frutas oleaginosas, como nozes, castanhas, amêndoas, amendoim
- Miúdos (fígado, rim, coração, moela)
- Bebidas alcoólicas




Alimentos permitidos "sempre"


- Leite desnatado, café, chá, suco de frutas
- Pão dietético, integral, de glúten, bolacha água e sal, torrada, bolachas maria e maizena
- Arroz, grãos integrais, macarrão
- Queijo fresco magro, cottage ou ricota, iogurte e coalhada desnatados
- Gelatina, frutas, sorvete de frutas sem leite
- Açúcar, mel, marmelada, goiabada, doces em calda
- Carnes magras, peixes, aves (ensopados, cozidos ou refogados em pouco óleo vegetal)
- Ovos cozidos, poché (1 vez por semana)
- Pudim, merengue, bolo simples tipo pão de ló
- Fibras (farelo ou fibra de trigo, aveia, grãos integrais, vegetais crus, frutas com casca ou bagaço)



Esta orientacao nutricional nao substitui a necessidade de acompanhamento médico.






VERDADES E MENTIRAS




Problemas de fígado causam enxaqueca?


Não existe nenhuma relação comprovada entre dores de cabeça e problemas do fígado.




Depois de beber, é bom tomar remédios chamados de "hepatoprotetores"?



Tais medicamentos, vendidos sem receita médica e compostos de sais minerais, aminoácidos e vitaminas, não têm qualquer efeito protetor sobre o fígado. Para quem não quer sofrer danos advindos do álcool, só existe um conselho: beber com moderação.




Alimentos gordurosos "atacam" o fígado?



Não. Vítimas de insuficiência hepática podem ter dificuldades em digerir gorduras por distúrbios no metabolismo da bile. Da mesma forma, pedras na vesícula podem impedir a passagem da bile, que é uma substância essencial na digestão das gorduras. Mas quem possui um fígado saudável pode ingerir gorduras sem problema.




Alcachofra é bom para o fígado?
Puro folclore. Alcachofra é apenas um saboroso alimento.

GLOSSÁRIO - COMO ELABORAR

10.1 - Palavras utilizadas em pesquisa
Agradecimento:
É a manifestação de gratidão do autor da pesquisa às pessoas que colaboraram no seu trabalho. Deve ter a característica de ser curto e objetivo.
Amostra:
É uma parcela significativa do universo pesquisado ou de coleta de dados.
Análise:
É o trabalho de avaliação dos dados recolhidos. Sem ela não há relatório de pesquisa.
Anexo:
É uma parte opcional de um relatório de pesquisa. Nele deve constar o material que contribui para melhor esclarecer o texto do relatório de pesquisa.
Apêndice:
O mesmo que Anexo.
Bibliografia:
É a lista de obras utilizadas ou sugeridas pelo autor do trabalho de pesquisa.
Capa:
Serve para proteger o trabalho e dela deve constar o nome do autor, o título do trabalho e a instituição onde a pesquisa foi realizada.
Capítulo:
É uma das partes da divisão do relatório de pesquisa. Lembrando que o primeiro capítulo será a Introdução e o último as Conclusões do autor. Entre eles o texto da pesquisa.
Ciência:
É um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto conquistados através de métodos próprios de coleta de informação.
Citação:
É quando se transcreve ou se refere o que um outro autor escreveu.
Coleta de Dados:
É a fase da pesquisa em que se reúnem dados através de técnicas específicas.
Conclusão:
É a parte final do trabalho onde o autor se coloca com liberdade científica, avaliando os resultados obtidos, propondo soluções e aplicações práticas.
Conhecimento Científico:
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
- "É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil" (Galliano, 1979, p. 24-30).
Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar):
É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Conhecimento Filosófico:
É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Conhecimento Teológico:
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Corpo do Texto:
É o desenvolvimento do tema pesquisado, dividido em partes, capítulos ou itens, excluindo-se a Introdução e a Conclusão.
Cronograma:
É o planejamento das atividades da pesquisa, descrito na Metodologia, dentro de um espaço pré-determinado de tempo. Normalmente é demonstrado através de um gráfico.
Dedicatória:
Parte opcional que abre o trabalho homenageando afetivamente algum indivíduo, grupos de pessoas ou outras instâncias.
Dedução:
Conclusão baseada em algumas proposições ou resultados de experiências.
Despesas de Pessoal:
É a descrição das despesas decorrentes de pagamento de pessoal, seja ela por contratação temporária ou regida pela CLT.
Dissertação:
É um trabalho de pesquisa, com aprofundamento superior a uma monografia, para obtenção do grau de Mestre, por exigência do Parecer 977/65 do então Conselho Federal de Educação.
Entrevista:
É um instrumento de pesquisa utilizado na fase de coleta de dados.
Experimento:
Situação provocada com o objetivo de observar a reação de determinado fenômeno.
Fichamento:
São as anotações de coletas de dados registradas em fichas para posterior consulta.
Folha de Rosto:
É a folha seguinte a capa e deve conter as mesmas informações contidas na Capa e as informações essenciais da origem do trabalho.
Glossário:
São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição.
Gráfico:
É a representação gráfica das escalas quantitativas recolhidas durante o trabalho de pesquisa.
Hipótese:
É a suposição de uma resposta para o problema formulado em realção ao tema. A Hipótese pode ser confirmada ou negada.
Índice (ou Índice Remissivo):
É uma lista que pode ser de assuntos, de nomes de pessoas citadas, com a indicação da(s) página(s) no texto onde aparecem. Alguns autores referem-se a Índice como o mesmo que Sumário.
Indução:
"Processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas" (Lakatos, Marconi, 1991: 47).
Instrumento de Pesquisa:
Material utilizado pelo pesquisador para colher dados para a pesquisa.
Introdução:
É o primeiro capítulo de um relatório de pesquisa, onde o pesquisador irá apresentar, em linhas gerais, o que o leitor encontrará no corpo do texto. Por isso, apesar do nome Introdução, é a última parte a ser escrita pelo autor.
Justificativa:
É a parte mais importante de um projeto de pesquisa já que é nesta parte que se formularão todas as intenções do autor da pesquisa.
A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
Material Permanente:
É a descrição de todo capital necessário para aquisição de materiais que têm duração contínua. São aqueles materiais que se deterioram com mais dificuldade como automóveis, materiais áudio-visuais (projetores, retroprojetores, máquinas fotográficas, filmadoras etc.), mesas, cadeiras, armários, geladeiras, computadores etc.
Material de Consumo:
É a descrição de todo capital necessário para aquisição de materiais que têm duração limitada. São aqueles materiais que se deterioram como giz, filmes fotográficos, fitas de vídeo, gasolina, material de limpeza (sabão, detergentes, vassouras etc)
Método:
A palavra método deriva do grego e quer dizer caminho. Método então, no nosso caso, é a ordenação de um conjunto de etapas a serem cumprias no estudo de uma ciência, na busca de uma verdade ou para se chegar a um determinado conhecimento.
Metodologia:
"Methodo" significa caminho; "logia" significa estudo. É o estudo dos caminhos a serem seguidos para se fazer ciência.
Monografia:
"Mono" significa um, "grafia" significa escrita, ou seja, escrito por um. É um estudo científico, com tratamento escrito individual, de um tema bem determinado e limitado, que venha contribuir com relevância à ciência.
Objetivos:
A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Os objetivos podem ser separados em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.
Paráfrase:
É a citação de um texto, escrito por um outro autor, sem alterar as idéias originais. Ou, eu reproduzo, com minhas próprias palavras, as idéias desenvolvidas por um outro autor.
Pesquisa:
É a ação metódica para se buscar uma resposta; busca; investigação.
Premissas:
São proposições que vão servir de base para uma conclusão.
Problema:
É o marco referencial inicial de uma pesquisa. É a dúvida inicial que lança o pesquisador ao seu trabalho de pesquisa.
Recursos Financeiros:
É a descrição minuciosa de todo o dinheiro necessário para a realização da pesquisa. Costuma ser dividido em Material Permanente, de Consumo e Pessoal.
Resenha:
É uma descrição minuciosa de um livro, de um capítulo de um livro ou de parte deste livro, de um artigo, de uma apostila ou qualquer outro documento.
Revisão de Literatura:
A Revisão ou Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes.
Técnica:
É a forma mais segura e ágil para se cumprir algum tipo de atividade, utilizando-se de um instrumental apropriado.
Teoria:
"É um conjunto de princípios e definições que servem para dar organização lógica a aspectos selecionados da realidade empírica. As proposições de uma teoria são consideradas leis se já foram suficientemente comprovadas e hipóteses se constituem ainda problema de investigação" (Goldenberg, 1998: 106-107)
Tese:
É um trabalho semelhante a Dissertação, distinguindo-se pela efetiva contribuição na solução de problemas, e para o avanço científico na área em que o tema for tratado.
Tópico:
É a subdivisão do assunto ou do tema.
Universo:
É o conjunto de fenômenos a serem trabalhados, definido como critério global da pesquisa.





10.2 - Palavras ou expressões latinas utilizadas em pesquisa
apud:
Significa "citado por". Nas citações é utilizada para informar que o que foi transcrito de uma obra de um determinado autor na verdade pertence a um outro.
Ex.: (Napoleão apud Loi) ou seja, Napoleão "citado por" Loi
et al. (et alli):
Significa "e outros". Utilizado quando a obra foi executada por muitos autores.
Ex.: Numa obra escrita por Helena Schirm, Maria Cecília Rubinger de Ottoni e Rosana Velloso Montanari escreve-se: SCHIRM, Helena et al.
ibid ou ibdem:
Significa "na mesma obra".
idem ou id:
Significa "igual a anterior".
In:
Significa "em".
ipsis litteris:
Significa "pelas mesmas letras", "literalmente". Utiliza-se para expressar que o texto foi transcrito com fidelidade, mesmo que possa parecer estranho ou esteja reconhecidamente escrita com erros de linguagem.
ipsis verbis:
Significa "pelas mesmas palavras", "textualmente". Utiliza-se da mesma forma que ipsis litteris ou sic.
opus citatum ou op.cit.:
Significa "obra citada"
passim:
Significa "aqui e ali". É utilizada quando a citação se repete em mais de um trecho da obra.
sic:
Significa "assim". Utiliza-se da mesma forma que ipsis litteris ou ipsis verbis.
supra:
Significa "acima", referindo-se a nota imediatamente anterior.

O Poder da Pregação Bíblica

A cada culto em nossas igrejas, um dos momentos mais esperado é aquele da pregação da Palavra de Deus, ou seja, o sermão.

Porém, alguns têm subestimado a utilização deste momento, fazendo com que as pessoas (adoradores) voltem para casa com a mesma sensação de vazio de alma com que chegaram para adorar.
Veja o que escreveu um dos grandes teólogos Adventistas da atualidade acerca deste assunto:

"Há muitos no mundo e na igreja que inconscientemente anseiam pela mensagem: 'os teus pecados estão perdoados'. Portanto, em cada sermão, o pregador precisa proclamar a justificação" - LaRondelle,O que é salvação?, pág. 78.

O que o Dr. LaRondelle disse foi que os púlpitos Adventistas devem ser (bem) utilizados na pregação da mensagem de salvação em Cristo. E isto tem sido olvidado por alguns pregadores, na minha opinião. Em muitas ocasiões temos visto sermões recheados de filosofia, pedagogia, psicologia, economia, atualidades... até novelas... mas pouca TEOLOGIA.

Muitos preferem falar apenas do tamanho das saias, do comprimento dos cabelos, de não comer isso ou aquilo, de eventos escatológicos sensacionalistas, do decreto dominical, etc... e não falam ao povo que Jesus está ansioso para carregar nossos fardos. Tenho plena certeza que muitos dos nossos irmãos ainda não tiveram um encontro real com Deus, porque simplesmente DESCONHECEM o que a Bíblia ensina sobre a abundante e incompreensível graça de Jesus.

Sabem tudo sobre decretos dominicais, datas, sinais, leis, temperança, etc... mas quase NADA sobre a justificação em Cristo.

O que estou querendo dizer?

Alguns escolhem um verso bíblico apenas como ponto de partida para sua peça de oratória, mas fogem totalmente do que a passagem realmente diz, e muitas vezes o simples estudo aprofundado do texto bíblico já seria suficiente para impressionar a mente e o coração dos ouvintes. Já vi pregadores utilizarem 10 versos bíblicos isolados em um único sermão, o que acaba resultando apenas numa "colcha de retalhos" de vários "mini-sermões". Não é à toa que são pouquíssimos os sermões que realmente marcaram nossa experiência cristã!

Para tentar ajudar aqueles que desenvolvem o pesado privilégio de servirem como mensageiros de Deus à Sua Igreja amada, eu apresento abaixo alguns simples conselhos, que podem melhorar em muito a qualidade da pregação e, especialmente, a qualidade do RESULTADO que esta pregação promove na vida da Igreja.

Tipos de Sermões (adaptado de H. U. Reifler)

Existe, basicamente, 3 tipos de sermões que podem ser utilizados nos nossos cultos:

1. Temático
É aquele em que se escolhe um tema e então se procuram os textos necessários para explicá-lo.
Ex: A volta de Jesus, o amor entre os irmãos, a santificação, a vida conjugal, etc.
* O sermão temático é bom para ser usado em conferências, na apresentação de doutrinas e de algumas biografias.

Vantagens:
• É o de divisão mais fácil, pois de fato é o mais simples. Como o texto é mais complexo que o tema, é mais fácil dividir um sermão temático.
• É o de lógica mais fácil, sendo o que mais se presta à observação da ordem e da harmonia das partes.
• Conserva melhor a unidade.
• Presta-se melhor à discussão de temas morais, evangélicos e ocasionais.
• Adapta-se melhor à arte da oratória.

Desvantagens:
• Exige muito controle do pregador para evitar divagações ou generalidades vazias.
• Requer um estilo mais apurado e formal
• Exige mais imaginação e vigor intelectual, visto que se presta mais ao uso de símiles, metáforas e analogias.
• Exige mais cultura geral e teológica, já que não se limita à análise de um texto apenas.
• Exige mais conhecimento da lógica e da dialética, pois tende a discussões apologéticas (de defesa da fé e da doutrina).
. Há o perigo constante de desprezar o uso em 1º plano das Escrituras (alguns nem sequer chegam a abrir a Bíblia na pregação temática – o que é um ERRO FATAL).

2. Expositivo
É aquele baseado em um único texto bíblico longo (três versos ou mais). Começa com um texto, então se descobre o tema e o seu desenvolvimento.
Ex: Mat. 25:14-30; Mat. 3:7-12
É útil para a explicação continuada e abrangente de um livro da Bíblia; também para a exposição de passagens relacionadas em série: a) parábolas de Jesus; b) Milagres de Jesus; c) Encontros de Jesus; d) Heróis da Bíblia; e) As Sete Igrejas do Apocalipse; etc.

Vantagens:
• Presta-se melhor à exposição de um livro bíblico inteiro ou de uma doutrina sistematizada.
• É de grande valor para o desenvolvimento do poder espiritual e da cultura teológica do pregador e de sua congregação.
• Inclina-se mais à interpretação natural das Escrituras do que à alegórica.
• É o método mais difícil, muito apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e constante da Bíblia.

3. Textual
É aquele baseado em um texto bíblico curto (desde uma frase até 2 versos, no máximo). Começa com um texto, então se descobre o tema. Tanto a idéia central como as divisões principais devem brotar deste texto único. As idéias secundárias - subdivisões - podem vir de outros textos.
Ex: Mateus 7:13-14

Vantagens:
• É profundamente bíblico.
• Exige do pregador um conhecimento profundo das Escrituras.
• Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia.
• É o que mais se presta ao doutrinamento.
• É o que mais se adapta ao pregador de cultura geral mediana, mas com vasto conhecimento das Escrituras e da teologia.
• É muito apreciado pelo povo.

Conclusão:
Os 3 tipos de sermões são válidos, mas a experiência tem mostrado que a Igreja é melhor "alimentada" das Escrituras quando o pregador utiliza o sermão TEXTUAL ou o EXPOSITIVO.
O Temático deve ser guardado apenas para ocasiões especiais, e muito limitadamente.

Passos para o Preparo de Sermões Bíblicos

1. Escolher o texto, tendo em vista a NECESSIDADE da Igreja e o DOMÍNIO do pregador sobre o assunto.

2. Ler o texto e o contexto para familiarizar-se com o seu conteúdo. Leia o que o Espírito de Profecia fala sobre a passagem. Pesquise no Comentário Adventista e em Dicionários teológicos.

3. Dissecar o texto em forma de frases, cada qual contendo uma única verdade (exegese básica). Assim você vai mostrar para a Igreja o que o texto REALMENTE ensina.

4. Determinar a idéia central ou assunto.

5. Determinar as diversas idéias complementares ou de apoio à idéia central.

6. Ler todo o material necessário para correta compreensão do texto (comentários, dicionários, gramáticas, léxicos, etc.). Em alguns casos, é importante o conhecimento sobre a cultura da época na qual o texto foi escrito.

7. Preparar o esboço. Este passo é feito através da organização dos pensamentos do texto, no que chamamos de DESENVOLVIMENTO do sermão (deve ter, no máximo 4 partes).

8. Dar sustentação ou apoio, isto é, complementar o esboço com comentários, citações, ilustrações, exemplos, estatísticas, definições, etc.

9. Preparar a conclusão. Não esquecer JAMAIS de fazer um claro e objetivo APELO ao final do sermão. Um sermão serm apelos será ALEIJADO, mesmo que o pregador seja um especialista em eloqüência. É através do apelo que o pregador leva a congregação à ação.

10. Preparar a introdução. Inicie o sermão de forma a preparar a mente dos ouvintes para o que será estudado no texto bíblico. Evite os velhos "chavões" de sempre, ou contar "piadas" para quebrar o gelo.

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Se o sermão for bem preparado e bem fundamentado nas Escrituras, os irmãos sairão da Igreja com a sensação de que o Espírito Santo de Deus falou aos seus corações.

Nossa Igreja precisa ser melhor alimentada nesta fase final da história do Mundo. E o melhor alimento que podemos dar é através de uma pregação profunda e poderosa sobre a justificação pela fé em Cristo Jesus.

Deixe que a Bíblia mostre para sua Igreja o quanto a graça de Jesus é abundante, e o quanto Ele está desejoso de que todos alcancemos a vitória nEle.
"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus" - 1Coríntios 2:4-5.

Carta do Papa sobre o Domingo

Carta do Papa sobre o Domingo
Alguns me perguntaram sobre a Carta do Papa João Paulo II, dirigida aos fiéis e líderes católicos de todo o mundo, no qual o Pontífice Romano exorta para que todos busquem uma maior santidade do Domingo, oDies Domini, segundo a Igreja de Roma.

Desde 1998 que esta carta está circulando no mundo, e seus argumentos puramente filosóficos tentam solapar a teologia e doutrina bíblicas do santo sábado do sétimo dia.

Ou seja, na visão da Igreja Romana, todas as bênçãos que o Senhor colocou sobre o sétimo dia, ela, a Igreja, transferiu para o primeiro dia da semana, em uma pseudo-honra à ressurreição de Cristo.

Vejam como o papa conclui a carta:

"Confio o acolhimento frutuoso desta Carta Apostólica pela comunidade cristã à intercessão da Virgem Santa. Sem nada tirar à centralidade de Cristo e do seu Espírito, Ela está presente em cada domingo da Igreja. Exige-o precisamente o mistério de Cristo: de facto, como poderia Ela [Maria], Mater Domini e Mater Ecclesiæ, não estar presente a título especial no dia que é simultaneamente dies Domini e dies Ecclesiæ?

Para a Virgem Maria, olham os fiéis que escutam a Palavra proclamada na assembleia dominical, aprendendo com Ela a conservá-la e meditá-la no seu coração (cf. Lc 2,19). Com Maria, aprendem a estar ao pé da cruz, para oferecer ao Pai o sacrifício de Cristo e associar ao mesmo a oferta da própria vida. Com Maria, vivem a alegria da ressurreição, fazendo suas as palavras do Magnificat que cantam o dom inexaurível da misericórdia divina no fluxo inexorável do tempo: « A sua misericórdia estende-se de geração em geração sobre aqueles que O temem » (Lc 1,50). Domingo a domingo, o povo peregrino segue o rasto de Maria, e a sua intercessão materna torna particularmente intensa e eficaz a oração que a Igreja eleva à Santíssima Trindade.

A iminência do Jubileu, queridos Irmãos e Irmãs, convida-nos a aprofundar o nosso compromisso espiritual e pastoral. De facto, é este o seu verdadeiro objectivo. No ano em que aquele vai ser celebrado, muitas iniciativas o caracterizarão, dando-lhe aquele timbre singular que não pode deixar de ter a conclusão do segundo e o início do terceiro Milénio da Encarnação do Verbo de Deus. Mas este ano e este tempo especial passarão, dando lugar à expectativa de outros jubileus e de outras datas solenes. O domingo, com a sua ordinária « solenidade », permanecerá a ritmar o tempo da peregrinação da Igreja até ao domingo sem ocaso.

Exorto-vos, portanto, amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, a trabalhar incansavelmente, unidos com os fiéis, para que o valor deste dia sagrado seja reconhecido e vivido cada vez melhor. Isto produzirá frutos nas comunidades cristãs, e não deixará de exercer uma benéfica influência sobre toda a sociedade civil".

Os evangélicos podem até negar, mas é um fato que a Igreja Romana se coloca como "dona" e "autora" da santificação do domingo, creditando, inclusive, a Maria uma honra especial durante este dia.

Pena que muito evangélico sincero, que se limita apenas a repetir o que seu pastor equivocadamente prega, não se dê conta de que está seguindo uma ordenança papal, ao mesmo tempo em que despreza as claras e límpidas orientações da Palavra de Deus sobre o ÚNICO dia que a Bíblia classifica como SANTO, SEPARADO e DE DESCANSO - o sétimo!

"Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei..." (Dan. 7:25).

Cumpriu-se cabalmente a profecia bíblica!

A Carta Papal na íntegra pode ser lida no próprio site do Vaticano (clique aqui).

"Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:29).

"E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mat. 15:9).

"O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Prov. 28:9).

"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12).

"Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (Tiago 1:12).

"Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (João 14:15).
A CULTURA POP CHEGOU PARA FICAR?

A Cultura Pop Chegou Para Ficar?Pr. Ricardo Gondim
Cada dia mais me espanto com a superficialidade de minha geração. Na televisão, os noticiários estão cada vez mais rasos; evitam os temas relevantes, fogem da discussão imparcial. A "ratinização" dos programas de auditório chega a agredir o bom senso. A dramaturgia das novelas é um acinte à arte teatral. Os diálogos são patéticos. Bons atores são logo substituídos por moças e rapazes bonitinhos. Não sabendo representar, mecanicamente repetem scripts. Os programas infantis, nada educam. Simplesmente enchem os cofres de suas apresentadoras que nada têm na cabeça e que ensinam comportamentos éticos, no mínimo questionáveis.Na música, as letras medíocres, para fazer sucesso, necessitam apelar para sentidos ambíguos. Os rebolados das dançarinas tentam compensar a rima pobre. Os grandes poetas e músicos se esforçam, mas parecem carecer da inspiração de tempos não muito antigos quando escreviam e cantavam com maestria.Os filmes, fazendo apologia da violência, exploram o macabro e o terror. Não conseguem criar tramas inteligentes. Mostram-se diante de nossas telas produções com enredos repetitivos, direção mal feita; claramente produzidos para dar lucro. Filmes destituídos do ideal de fazer arte.As revistas que entulham as bancas e os livros que aparecem nas listas dos best-sellers são risíveis sob o ponto de vista literário.Os estudiosos de nossos tempos dizem que uma das características da pós-modernidade é a falência da chamada "alta cultura" e a emergência da "cultura pop". Por "alta cultura" devemos entender como o esforço humano de dar estrutura à vida. É a complexa produção humana que inclui o saber, crenças, arte, moral, leis, costumes e todas as expressões humanas.A "cultura pop" fortaleceu-se com a massificação dos meios de comunicação. A indústria da informação e do lazer que oferece um franco acesso ao conhecimento, vagarosamente nivelou a produção cultural por baixo. Hoje, poucos conhecem Shakespeare, nunca leram Dostoievski, mal saberiam mencionar algum livro de Machado de Assis ou de Graciliano Ramos. Rapazes e moças detestariam uma ópera de Wagner ou de Carlos Gomes. A grande maioria nunca leu Carlos Drummond e nem sabe dizer quem foi Fernando Pessoa. Em compensação, conhece bem os filmes de Van Damme e do Bruce Willis. Gosta de ler Paulo Coelho e canta as músicas do Tchan. Meninos e meninas ainda cantarolam as letras dos Mamonas Assassinas. Diariamente acompanham a novela das oito dando-lhe índices de audiência acima de cinqüenta pontos. Adolescentes deliram com a mocinha vestida em roupas íntimas, insinuando cenas de sado-masoquismo.A produção cultural do ocidente empobreceu. Daí a pertinência do lamento de T. S. Eliot: "Onde está a vida que perdemos vivendo? Onde está a sabedoria que perdemos com o conhecimento? Onde está o conhecimento que perdemos com a informação? Os ciclos do céu em vinte séculos nos levaram para mais longe de Deus e mais próximos do pó.".Pastores e padres abandonaram sua vocação de portadores de boas novas. Assumiram novos papéis: animadores de auditórios e levantadores de fundos. O púlpito transformou-se em mero palco. A igreja, simples platéia. O clero arremedou a fama dos artistas. Com estilos de vida extravagantes e caros inebriam as multidões que também almejam galgar a celebridade.Outros viram-se como empresários, vestiram-se como empresários e, pasme, contrataram guarda-costas armados para serem protegidos. Acham-se seqüestráveis. Os cultos já não estão centrados na máxima de João Batista – importa que ele cresça e que eu diminua. Sermões podem ser facilmente confundidos com palestras de neurolingüística. Cantores e "artistas" se atropelam querendo renome e gordos cachês. O cristianismo ocidental não conseguiu salgar, perdeu o sabor e conformou-se em ser raso. Os vendilhões do templo voltaram e armaram suas tendas.Infelizmente atraem-se grandes multidões não pela força argumentativa do evangelho, mas pelo bem concatenado marketing. Impressionam-se as platéias pela capacidade de aproximar a linguagem religiosa da "cultura pop" e não por propor conteúdos sólidos de vida. Até pouco tempo, as igrejas neo-pentecostais acreditavam que seu descomunal crescimento vinha de uma bênção especial de Deus sobre suas novas propostas de prosperidade. Hoje, a explosão pop do catolicismo já atrai multidões tão enormes quanto as dessas bem sucedidas igrejas evangélicas. Prova-se assim que qualquer credo, ou confissão religiosa que souber promover um culto com as mesmas características da "cultura pop", também experimentará um crescimento vertiginoso.. Quando Roma parecia estar à venda e o clero católico se emaranhou com o poder dos reis, as ordens monásticas apareceram. Quando Tetzel vendeu indulgências, prometendo menos sofrimento no purgatório em troca de algumas moedas, Lutero protestou. Quando a igreja protestante se institucionalizou e perdeu relevância, surgiram os anabatistas propondo a separação radical da igreja e do estado. Quando a rigidez teológica tentava sufocar a ação de Deus, os pentecostais levantaram-se mostrando que ele age como quer e não respeita as sistematizações humanas.O crescimento numérico das igrejas engana. Tem mais a ver com fenômenos sociais que uma legítima ação do Espírito Santo. Líderes religiosos devem evitar essa corrida insana de notoriedade. A riqueza e popularidade de alguns nada significam nas realidades espirituais. Euclides da Cunha advertia em Os Sertões: "Se um grande homem pode impor-se a um grande povo pela influência deslumbradora do gênio, os degenerados perigosos fascinam com igual vigor as multidões tacanhas". Deixemos que o apóstolo Paulo fale novamente aos nossos corações: "Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E na verdade, tenho também por perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo" (Fp 3.7-8).A igreja será sal e luz, somente quando caminhar na rota inversa das tendências de sua geração e mostrar-se simples em suas ambições. Caso contrário, continuará dizendo a si mesma: “Estou rica e abastada e não preciso de coisa alguma”. Mas ouvirá de Cristo: "Não sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre cega e nua”.Que Deus nos ajude a comprar ouro refinado pelo fogo para nos enriquecer, vestiduras brancas para nos vestir, a fim de não ser manifesta a vergonha da nossa nudez. Compremos colírio para ungir os nossos olhos e vejamos" (Ap. 3.17-18).Soli Deo Gloria.